Hoje recebi a notícia de que minha professora de história da 8ª série e por todo ensino médio faleceu num desastre automobilístico. Há dois meses, foi a vez de uma amiga da Simone, amiga minha que nos apresentou, partir cedo, em plenos 19 anos. A Débora, que era ainda tão jovem, com tantos caminhos a trilhar, cursava Odontologia da Unifra. A Viviane, com seus 30 e tantos anos, deixa uma filha linda, a Bibiana. Viviane morava em Santa Maria e dava aulas na Escola Fronteira, em Rosário do Sul, além das várias horas trabalhadas em SM... Sempre trabalhando muito para dar conforto à filha. Lembro-me dos dias em que ela chegava exausta para dar aula e conseguia ser mais chata, com o perdão da palavra, do que costumava ser em seu exercício da docência.
Esses fatos são assombrosos: quanto mais conhecemos pessoas, mais damos "adeus". Conheci muitas pessoas em Santa Maria neste ano. Uma delas já se foi. A outra, conhecida de longa data, também. Deixo neste post minha reflexão sobre aumentar o número de conhecidos e, consequentemente, de perdas.
Viviane, se você não foi uma professora mais "agradável", é porque não era o seu jeito. Desculpe não ter tido consciência e, talvez, humildade, de lhe ter agradecido pelo nosso ensino durante aqueles 4 anos. Eu, que tanto reclamava de você (como professora), assim como todos os outros, devemos-lhe um "muito obrigado".
Viviane, obrigado pelas manhãs de luta para ser ouvida, compreendida e reconhecida, embora este último não tenha ocorrido com sucesso. Desculpe.
Débora, obrigado por ter me divertido no Muzeo naquela noite de tal forma que sempre lembro de você naquele lugar. O canto onde estávamos, a roupa que você usava, as danças que dançamos.
... E assim é a vida. O "Muito prazer" torna-se "Meus pêsames" de uma maneira tão inesperada que chega a ser violenta.